sábado, 18 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Notas da blogosfera - Coquetel Molotov


Nessa semana foi postado no blog Velha Escola - Nova Escola uma compilação de material ao vivo dos lendários cariocas do skate punk Coquetel Molotov. Originalmente o material é uma tape lançada pelo selo Sk8 punk e compreende apresentações da banda entre 1981 e 1987, realizando assim uma bela arqueologia do punk brasileiro daquela década. Visitem o blog e baixem a tape.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Jessy from Mexico









Hoje no myspace me deparei com essa moça mexicana chamada Jessy Bulbo. Sua banda é da Cidade do México e seu som é um punk rock com doses de garagem e pop. Confiram o vídeo com uma estranha dança de punks mexicanos e o myspace de Jessy, assim como suas picantes fotos. Hasta la vista!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quando Etta James encontra o MC5

A sloppy MC-5 backing up a street-version Etta James

Lady Dottie and the Diamonds são de San Diego, Califórnia. A primeira coisa que chama a atenção é a idade de sua vocalista. Lady Dottie tem 64 anos! E não deixa a peteca cair, numa mistura de blues, R&B e aquele soul que parece ter saído de uma garagem dos anos 60. É tanta energia que deixa o Belrays no chão. Dorothy Mae Whitsett começou cantando ainda pequena na cozinha de sua casa e no coral da igreja, como é costume nas comunidades negras estadunidenses. Love Will Travel, original de Richard Berry, o criador de Louie Louie, ficou ultra nevosa na voz de nossa sexagenária. O grupo ainda possui um ep, chamado "Livin' It Up", em edição limitada e lançaram um Lp pelo selo Hi Speed Soul. Lady Dottie and the Diamonds é música com competência e energia.


Download

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Recomendações

Uma pequena lista do que prendeu minha atenção nas últimas semanas.

Tim Armstrong - A poets' life (2007)
Don Drummond and Rico Rodriguez - Reggae jazz attack (2000)
The Clash - Sandinista (1980)
Joe Strummer and The Mescaleros - Streetcore (2003)
Wavves - King of the beach (2010)
The Clash - Give em' enough rope (1978)
Gray Matter - Food for Thought (1984)
Banda Cabaçal dos Irmão Aniceto

O original e a versão: I fought the law

O Clash escolhia seus covers a dedo e parecia ter preferência para os temas mais rebeldes como Police on my back (The Equals, 1965) e o que apresentamos agora I fought the law de Sonny Curtis and The Crikets (1959). Contudo a versão do Clash de 1979 é baseada não na original de 1959, mas na executada pelo Bobby Fuller Four em 1965 e a que realmente popularizou a canção. Ainda temos a versão do Dead Kennedys de 1987 no álbum Give me convenience or give me death. Confiram.







O original e a versão: Police on my back

Muitos talvez pensem que a versão de Police on my back tocada pelo Clash em Sandinista seja a original, mas não é. A composição e gravação original é de Eddy Grant e do grupo pop londrino dos anos 60 The Equals. Grant depois ficaria conhecido como cantor de reggae. Confiram aqui as duas versões.



quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O som do Tennessee

Ao longo desses três anos de blog já apresentamos algumas bandas do Tennessee como Jay Reatard e Cheap Time. Agora apresento mais duas, ambas do selo Infinity Cat. São elas Jeff The Brotherhood com uma sonoridade bem variada num mix de college rock dos 80 e 90, Stooges e garage diluído. Em seguida as meninas do Heavy Cream com uma clara influência de Runnaways e daquele punk com um pé no hardrock setentista. Confiram as capas dos últimos lançamentos das bandas.











terça-feira, 14 de setembro de 2010

Wavves - o rei da praia continua o legado de Jay Reatard


King of the Beach é o novo disco do Wavves. Em seu terceiro trabalho de estúdio, lançado em agosto desse ano, percebemos mudanças no som da banda em relação a Wavves (2008) e Wavvves (2009). A sonoridade ainda segue o lo-fi punk, mas com a barulheira mais controlada. É como se o disco soasse "mais bem feito" do que os anteriores, talvez por ser o primeiro disco em que Nathan Williams não tenha produzido nem gravado em casa. A produção de King of the beach ficou a cargo de Dennis Herring, que já trabalhou com The Hives e Elvis Costello. A produção e o fato de Williams não ter gravado sozinho todos os instrumentos em seu quarto, são dois elementos que afastam o Wavves da áurea amadora e one-man-band dos discos anteriores. Perde-se um pouco da magia caseira que vinha se dissipando desde o primeiro disco, contudo a equação barulho + refrões + agressividade, ainda continua presente na fórmula shoegaze mais punk que ganhou adeptos nessa década pós-novo rock. Nesse álbum, Williams conta com o ex-baixista e o ex-baterista de Jay Reatard Stephen Pope e Billy Hayes, que também compuseram as canções Convertible Balloon, Baby Say Goodbye e Linus SpaceheadA partir disso podemos tirar algumas conclusões para os próximos anos.  Acredito que Nathan Williams, apesar do pouco tempo de carreira, é um dos poucos que tem chances concretas e sensibilidade musical suficiente para dar continuidade a estética legada por Jay Reatard. Veremos o que os próximos lançamentos nos dizem.



















New video - Wavves, Post Acid


"Making off" de King of the beach no estúdio Sweet Tea Recording em Oxford, Mississippi

sábado, 11 de setembro de 2010

Honra e glória a Joe Strummer



Versão de Joe Strummer and The Mescaleros para Redemption Song" de Bob Marley.

"Mas minha mão foi feita forte
Pela mão do Todo-Poderoso

Nós avançamos nessa geração

Triunfantemente

Você não vai ajudar a cantar

Essas canções de liberdade?

Porque tudo que eu tenho sempre

canções de redenção

canções de redenção"

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

De Picasso ao punk rock

Lixo jovem vem compartilhar com vocês a agenda dessa semana. São duas dicas. A primeira é a exposição De Picasso a Gary Hill, sob a curadoria de José Guedes e Roberto Galvão no Museo de Arte Conteporânea Dragão do Mar (MAC). A proposta da exposição é uma reflexão sobre o modernismo a partir do cubismo até as linguagens eletrônicas. Entre os nomes mais conhecidos do modernismo estão Pablo Picasso, Henri Matisse, Paul Klee, Marc Chagal, Salvador Dali e Joan Miró. Ainda tem os norte e latino-americanos entre vídeo instalações, esculturas e pinturas. Destaque para a instalação em 3D La Televisión (1980) do espanhol Antoni Muntadas, a série Rames de José Sanleón e Marca Registrada (1974) da bahiana e ex-professora da UFC Letícia Parente. A segunda dica é mais um retorno do Vingança nessa sexta no DCE da UFC. Assim, elaborei uma teoria, a de que o Vingança nunca acabou, só demora pra fazer show. 



Serviço: De Picasso a Garry Hill

Visitação do público até 12 de setembro. De terça a sexta, das 9h às 19h (acesso até18h30). De sexta a domingo, das 14h às 21h (acesso até 20h30).

Vingança e Lixo Orgânico
10 de setembro, as 19hs no DCE-UFC, R$ 2,00 (voluntário)

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Os Pazuzus - La Diabolica



Clip da Banda de SurfMusic Sumério
Participação especial: Fabíola Fontinelle e Andréa Neves.
Direção e Edição: Tulio Bambino
VideoGrafia: Rodrigo RP Lopes e Hugo Mattos

domingo, 1 de agosto de 2010

Transistors, FuzzFaces e Os Haxixins

Três momentos da recente garagem paulista, possivelmente o que melhor se produziu em termos de garage rock no Brasil nos últimos 10 anos.





sexta-feira, 30 de julho de 2010

ZZ & De Maskers - Dracula (1964)



Dando prosseguimento a nossa arqueologia do punk rock voltamos aos anos 60, especificamente a Holanda no ano de 1964 e aos ZZ & De Maskers numa apresentação na TV. É nederbeat com espírito punk.

sábado, 17 de julho de 2010

MANIFESTO ROCK REGRESSIVO

10 teses contra o rock burocrático

1. O rock burocrático se manifesta sutilmente no emprego da expressão "amadurecimento musical" por parte dos críticos de rock.

2. O rock burocrático se caracteriza pela dificuldade de encerrar uma música e na compreenção erudita da música pop.

3. O rock burocrático é o resultado de experimentalismo mal digerido e pretenções intelectuais mal direcionadas.

4. O rock burocrático é germinado nas bad trips psicodélicas do final dos anos 60 e encontra no rock progressivo dos anos 70 seu tipo ideal.

5. O rock burocrático encara a garagem como estágio a ser superado. O punk rock é sua antítese.

6. O rock burocrático está fora das ruas. Ele é a tentativa de transformar o delinquente em letrado. De intelectualizar algo que é essencialmente instintivo.

7. O rock burocrático é a cooptação do rock pelo mundo da arte.

8. O rock burocrático é a essência do anti-rock e o fim do rock enquanto expressão anti-artística.

9. A arte da burocracia e a burocracia da arte se realizam enquanto expressão musical através do rock burocrático.

10. O rock burocrático é a vitória do neurônio sobre o hormônio, do intelecto sobre o físico, do adulto sobre o adolescente, do álbum conceitual sobre o compacto.
 
Lixo Jovem, 2010

Os Estudantes na MRR de agosto

Os cariocas do Estudantes sairão na capa da edição de agosto da Maximum Rocknroll, um dos mais antigos zines punks estadunidenses, na ativa desde o final dos anos 70. A foto que estampa a capa é do "fudido e xerocado" Mateus Mondini. Os Estudantes são responsáveis pelo mais interessante e melhor disco brasileiro de punk rock de 2009, seguidores que são da cartilha Black Flag, elevaram o punk nacional a um nível bem acima da média do que estamos acostumados a ouvir por aqui. Audição obrigatória! 

Lost in the supermarket: Utilidade pública

Recentemente a cadeia de lojas Americanas colocou a venda diversos discos interessantes por 9.99, um preço que não estavamos acostumados a ver depois do advento do mp3. Entre eles estavam o clássico de 1979 do Clash London Calling, Never Say Die do Black Sabbath, o último disco com Ozzy nos vocais e Elvis At Sun, com gravações do começo da trajetória de Elvis gravadas no lendário Sun Studio. Ainda destacaria bons discos dos anos noventa que entraram nessa "queima de estoque" como Vs do Peral Jam, o meu preferido de toda a discografia da banda de Eddie Vedder e Grandes Exitos en Español do Cypress Hillde, um dos grupos mais conhecidos do rap da Costa Oeste estadunidense. Não sei se ainda tem muitas cópias, na dúvida tente garantir o seu. Hasta la vista!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O futuro com guitarras ou Relembrando os anos 90

Revirando uns papéis encontrei esse texto (ou seria uma crônica) escrito numa tarde nublada de março de 2009. Segue o texto na íntegra.

Fui ao sebo e acabei saindo de lá com um exemplar da finada revista inglesa The Face. A edição é de 1996 e é interessante notar como as coisas estavam naquela época. Parecia senso comum que a música eletrônica tinha vindo para ficar e tomar o lugar do rock no coração e mente dos adolescentes espalhados pelo mundo. Acho que isso fazia parte daquela sensação “fin de siecle” tão afoita por novidades. Você sabe, futuro, tecnologia, carros que flutuam e claro que a música tinha que mudar também. Parecia que existia uma obrigação em muda-lá. Parecia que futuro e guitarras não combinavam para o senso comum de 1996. No final das contas, dá para entender a empolgação, afinal o rock vinha exercendo uma hegemonia sobre a garotada que absorvia cultura de massa desde o final dos anos 50 e vislumbrar algo novo era a ordem do dia. Mas se sobrava empolgação, faltava senso histórico. Quase meio século de influência musical não vai embora tão facilmente depois de um longo verão embalado por raves de vinte horas seguidas de música eletrônica. O resultado final é que, por mais que a música eletrônica tenha experimentado um ascenso nos anos 90, ela não conseguiu superar o rock em termos de influência cultural. Já no começo dos anos 2000 tivemos o Strokes e toda a onda do “novo rock”, que se estendeu até o final dessa década. Com a indústria fonográfica ainda se recompondo e tentando ajustar o seu business ao atual tempo histórico e o mp3 ocupando o lugar dos CDs via ipods e novos formatos, algo que os modernos de 1996 não conseguiram imaginar, parece que o futuro chegou embalado pelas velhas guitarras.














Ser moderno em 1996 era ser clubber, cuidado ai moçada das franjas.

O lendário Tamagotchi, lançado pela Bandai em 1996 no Japão. Será que um dia olharemos para o Ipod como hoje olhamos para o arcaico tamagotchi?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Beat! Records

Depois de um tempo sem postar volto com uma novidade que na verdade são duas.

Há algum tempo vinha querendo criar um selo de música e recentemente, junto com uma amiga demos início a essa empreitada. O lance ganhou forma concreta e hoje atende pelo nome de Beat! Records. E é através da Beat que pretendemos lançar e ajudar as bandas a produzirem material próprio e fazer esse material circular no mundo real. Assim, apresento duas jovens bandas nordestinas saídas do universo punk e que lançarão ainda em 2010.

A primeira é a Missfight que faz um som que podiamos dizer que converge em um só lugar o punk clássico norte-americano com Bikini Kill e com influências do punk escadinavo mais recente como Gorilla Angreb e Masshysteri. O mais estranho é esse tipo de som e uma banda como essa terem saído do interior do Ceará, mais especificamente de minha cidade natal Limoeiro do Norte. A Missfight prepara um Ep de estréia ainda para esse ano.

A segunda banda que temos o prazer de lançar junto com outros selos amigos é o Faixa Preta. O grupo vem de Mossoró, no Rio Grande do Norte, terra de bandas como Catarro, Lei do Cão, Mahatma Gangue e conta com a participação de um antigo membro do saudoso grupo local Fora do Ar. O som do Faixa Preta é um prato cheio para todos os fãs do hardcore punk americano dos anos 80 como Void, Minor Threat, Circle Jerks, Black Flag e do punk brasileiro como Lixomania e Olho Seco. O som vai na mesma linha de bandas gringas que retomaram essa sonoridade nos anos 2000 como Career Suicide, Double Negative, Reprobates e Chronic Seizure. O Faixa Preta está com material para lançar já esse ano.

Esses são os dois lançamentos previstos da Beat! records para esse ano. Para conhecer o selo e as bandas acessem os links no texto. Até o próximo post! 

domingo, 30 de maio de 2010

Mais punk suéco: Masshysteri

O Masshysteri é outra banda de Umea, faz um som na linha do punk e do post punk, canta em suéco e possui dois álbuns Var Del Av Stan  de 2008 e um self title de 2010. Robert Pettersson, nos vocais e guitarra, é o mesmo que tocava contrabaixo no Regulations. O leitor atento irá perceber que o local onde eles tocam é o mesmo do vídeo do AC4, que também possui um membro do Regulations, o baterista Jens Nordén. Na verdade, o vídeo se trata de uma festa realizada em 19/06 de 2009 por ocasião do aniversário do Dennis Lyxzén do AC4. Curtam o som!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Las Robertas - lofi punk da Costa Rica

Se você gosta de Dum Dum Girls e Vivian Girls com certeza irá apreciar Las Robertas. Elas lançaram um disco esse ano com o nome de Cry out Loud e que passei pelas fronteiras sonoras das bandas já citadas, ou seja, o lofi, shoegaze, punk e reminiscências de girl groups. Além do som, que segue essa escola atual de bandas, o que mais me impressionou foi que elas são da Costa Rica, mais especificamente da capital San José. Não é muito comum sabermos de bandas da América Central, e de repente ter conhecido Las Robertas foi uma boa surpresa. Abaixo segue um vídeo das garotas.

00's generation - sintetizando 30 anos de música alternativa

As bandas da década 00 emularam vários sons do rock alternativo da geração de 77, dos anos 80 e dos 90 também. Talvez as Vivian Girls sejam o nome que melhor representa o que estou falando. Ao mesclarem em faixas de três minutos punk com lo fi dos anos 80, como Beat Happening, e o shoegaze, tipo My Bloody Valentine. A recente geração vem fazendo um som novo que historicamente só poderia surgir nos dias de hoje, pois fundem os sons e melodias de três décadas passadas e se beneficiam do acúmulo estético de mais de 30 anos de música alternativa. Á fórmula punk-lofi-shoegaze você acrescenta as variantes garage rock (Jay Reatard), girl groups (Vivian Girls), o experimentalismo ala Crass do No Age, o power pop do Cheap Time e o noise punk do Wavves. O modus operandi das antigas bandas alternativas também foi mantido, o do it yourself não é somente um elemento estético, mas também prático, a maioria das bandas lança por selos independentes. Nesse sentido aqui vai uma lista das bandas que sintetizam o som de hoje e apontam para o que acontecerá nos próximos anos na música alternativa.








Cheap Time                                                                        


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Germs - Live at the Starwood: December 3, 1980

The Germs are to the Los Angeles punk scene what Brian Jones was to the Stones or Syd Barrett to Pink Floyd — the primal creative force that was both too flatulent to live with and too vital to have come into being without.” Jonathan Gold


No dia 7 de dezembro de 1980, Darby Crash cometia suicídio com uma overdose de heroína. Quatro dias antes o Germs fazia, sem saber, sua última apresentação com Darby como seu front man. Se não fosse a Rhino records esses seriam apenas dados cronológicos e necrológicos sobre a vida e morte de uma das figuras mais marcantes do punk de Los Angeles e do mundo. É que a gravadora acabou de lançar em cd o último show do Germs com Darby nos vocais. Com o nome de "Live at the Starwood: December 3, 1980" o disco não só tem todo um ar histórico, como dizem que é uma das melhores apresentações da banda. O Germs estava há um ano sem tocar junto, existia muita acumulação de energia primitiva para ser dissipada naquela noite de 3 de dezembro. A apresentação contém músicas de seu primeiro ep Lexicon Devil e do álbum GI. Além do menu clássico, possui a canção Lion's Share, gravada em 1979 e produzida por Jack Nietzsche para um filme com Al Pacino, Cruising, e um cover do Public Image LTDA, totalizando 22 faixas. Para os fanáticos, o disco inclui uma reprodução do cartaz do show e do set list da apresentação daquela noite. Um documento histórico da produção do Germs e da primeira geração do punk de Los Angeles que não pode passar batido pelos seus ouvidos.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Dennis Lyxzén e o novo hardcore suéco

Se no final dos anos 90 você gostava do Refused e curtia aquela mistura ideológica de Maio de 68 com a classe de 1977 e toda sorte de experimentalismos, levados a sério pelo grupo para expandir o punk rock, e se depois você se interessou ainda mais pela mistura de comunismo e garage rock do International Noise Conspiracy, o nome Dennis Lyxzén lhe diz alguma coisa. Nada mais do que a cabeça pensante por detrás dessas duas grandes bandas suecas. Agora o jovem Dennis volta as suas origens com o grupo AC4 e despeja toneladas do velho e bom hardcore nos moldes dos anos 80. O AC4 lançou um disco (s/t) em 2009 pelo selo sueco NY Vag e mais alguns compactos. Uma observação quanto ao selo. Ele é meio que um espelho de Umea, a cidade de onde saiu gente como Regulations, Masshysteri e The Vicious, lançando material de todas esses bandas. Fiquem agora com um vídeo contendo apresentação do AC4 executando a maravilhosa Let's go to war, entre outras. Nos próximos posts, mais bandas suecas. Longa vida a Umea!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

O que tem na bolsa das Vivian Girls?



Nesse vídeo as Vivian Girls revelam seu bom gosto.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Zulu Stomp - South Africa garage beats

Os dois volumes da compilação Cazumbi abriram um novo filão no universo do garage rock, o das bandas africanas dos anos 60. E é nesse mesmo espírito, e em tempos de Copa do Mundo de futebol na África do Sul, que o selo No Smoke dá continuidade a saga garageira em terras africanas com o lançamento de Zulu Stomp - South Africa garage beats. O Lp possui 18 faixas com 15 grupos diferentes e é um documento tanto da música pop sul-africana como do garage rock internacional.


Vendas pelo site do selo http://www.guerssen.com/

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Justin Bieber X Tiny Masters of Today

Enquanto todo mundo em 2010 perde tempo com o sex appeal infanto juvenil de Justin Bieber, eu gostaria de apresentar uma dupla de jovens irmãos que atendem musicalmente pelo nome de Tiny Masters of Today. Eles são Ivan de 16 anos e Ada de 14. São de Nova Iorque, especificamente do Brooklin e já lançaram dois álbuns Bang Bang Boom Cake (2007) e Skeletons (2009) além de eps, singles e participação na compilação ArtRocker (2006). Podemos dizer que o som segue uma tendência que ganhou corpo nos anos 2000, uma mistura de lo fi com punk rock e indie. Reconhecendo a heterogeneidade das bandas que seguem esse menu, podemos dizer que esses moleques fazem parte do mesmo bolo musical do Wavves, Lovvers, No Age e Vivian Girls, gente que escutou Ramones e Sonic Youth na mesma proporção. Voltando ao Tiny Maters, neles prevalece a essência sobre a aparência, não são tão "fofinhos" quanto o Bieber, mas são mais prolíficos e criativos. E não se deixem enganar pela idade, estão fazendo música acima da média de muito marmanjo ressuscitado dos anos 80.

terça-feira, 11 de maio de 2010

The Box Tops - The Letter



Apresentação do Box Tops com o finado Alex Chilton tocando The Letter e  tirando onda com o playback

domingo, 9 de maio de 2010

Girls of Today

Cançado da Lady Gaga tocando incessantemente nas rádios e na MTV? A beleza da Beyoncé já te cançou? E a Amy Winehouse, cadê ela? Ai vai uma lista das garotas que vale a pena conhecer. Todas entre o folk, indie pop e neo soul. Enjoy! 

1 Cat Power

2 Lady Dottie and The Diamonds

3 Nicole Willis

4 Emmy the Great

5 Sharon Jones and The Dap-Kings

6 Kate Nash

7 Feist

8 Regina Spektor

9 Lulina

10 Florence and The Machine

sábado, 8 de maio de 2010

Pavement X Afetação

Sabe do que tenho saudades? De quando a palavra indie significava independente, e isso servia para caracterizar o modus operandi de músicos e produtores, de bandas e selos que funcionavam por fora do grande mercado fonográfico, do mainstream. Hoje, a palavra virou uma panacéia, um guarda-chuva que engloba qualquer coisa que use uma franja, que goste de coisas fofas, de desenhos a lápis e tons pastéis ou meninos e meninas introspectivos de calças apertadas. Se em 1992 o Pavement lançava Slanted and Enchanted e era isso que chamavam de indie naquela época, hoje indie está mais para uma "tribo urbana", um mero visual adolescente ou pós adolescente, que em nada lembra o sentido original. Os indies de 2010 devem ter dificuldade de aceitar uma banda como Pavement, sem nenhuma afetação estilística, sem nenhuma franja e com roupas comuns, ser chamada de indie. Mas as palavras só revelam a história de seu tempo e se indie hoje significa franjas e poses afetadas, qualitativamente perdemos muito de seu conteúdo original. O indie morreu, viva o indie!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Igreja do Sexo: goth-punk entre o sombrio e a fúria

É muito gratificante quando a Web consegue lhe oferecer algo mais do que rede sociais, mensagens de 140 caracteres e spams.

Conheci a Igreja do Sexo pelo myspace quando eles tinham apenas seus arquivos de ensaio. Agora saiu um ep chamado Hall da Escória, pela Zorch Factory Records.

Depois da entrada e saída de integrantes o grupo voltou para sua formação original, um duo formado pelo casal Sonâmbulo (vocais, baixo e programação) e Rasputina (guitarra). A idéia inicial do grupo paulista era fazer um som mais punk na cena goth/dark wave e podemos dizer que em Hall da Escória eles conseguiram atingir seu objetivo. Em 2009 participaram do Brazilian Tribute To The Original TSOL, o que já deixa bem claro suas raízes no goth-punk.

Não bastasse a ousadia de "re-fundir" punk e goth, o Igreja do Sexo vai mais além e entrega para os ouvinte um surf-goth-punk em Surf Aliens, quebrando o limite das estéticas roqueiras.

Para quem tem medo de se arriscar musicalmente e criativamente, talvez a Igreja do Sexo soe punk demais para os guetos goths e gótico demais para a estreita visão de certos punks. A fusão de punk e goth quando bem feita consegue transitar seguramente na fronteira dos dois estilos e casar os elementos em comum, a fúria e o sombrio, sem perder a identidate, sem se tornar uma panacéia desconfigurada. O órgão que ambienta as músicas dá um toque especial ao som da Igreja do Sexo, o que me lembra um Los Reactors sinistro, uma espécie e killed by death do cemitério. No geral o som remonta as boas bandas punks dos 70 e ao goth original dos 80, onde UK Decay com certeza é uma referência.
 
 

Subjetividade e blogs

Depois de uma pausa de curto prazo, quase um mês, o blog volta a funcionar. E como nesse mundo da blogosfera 90% tende a ser uma expressão da subjetividade, dos gostos, "do querer", de quem escreve, os blogs acabam ficando reféns da subjetividade. E esta é feita de altos e baixos, e os blogs acabam tendo suas idas e vindas. Mas isso é só uma forma de lembrar que ele não está morto, apesar de ser refém da malcriada subjetividade.


Colagem de Raoul Hausmann, The Art Critic (1919-1920).

quarta-feira, 31 de março de 2010

135 Grand Street New York - No wave em DVD

Saiu esse mês na gringa o documentário sobre no wave 135 Grand Street, New York, 1979 dirigido por Ericka Beckman e lançado pelo polivalente selo inglês Soul Jazz Records.

O documentário conciste basicamente da apresentação das bandas do início da no wave em um loft no centro de Nova Iorque. Entre os grupos estão o mitológico Theoretical Girls de Glenn Branca, Youth in Asia e Steve Piccolo. Nada melhor do que um loft na big apple para dar todo aquele ar artístico que a no wave exalava entre barulho, "desarranjo" e experimentalismo.

As raras imagens que compõe o DVD antes só poderiam ser conferidas nas apresentações do Sonic Youth, que as exibia durante suas apresentações. De lambuja a Soul Jazz está lançando também a trilha sonora do documentário contendo 16 faixas.

Com certeza o documentário tem a capacidade de registrar um dos raros momentos do mais comentato, mas pouco compreendido desenvolvimento do post punk norte-americano.
 

quinta-feira, 25 de março de 2010

O retorno da garagem e da psicodelia em discos

Queria registrar aqui dois recentes lançamentos do selo português Groovie records. Estes lançamentos dizem respeito aos brasileiros, por se tratar do resgate de uma parte esquecida e por vezes menosprezada de nossa discografia, o rock de garagem e a psicodelia nacional. 

O primeiro é o lançamento da discografia do The Bubbles em Lp, contendo seu compacto de 1966 e temas inéditos. Raw and Unreleased traz, entre outras, uma versão para For your love do Yardbirds e a inédita Get of my land. Esse é também um duplo resgate, pois o Lp contém duas canções raras do compacto de 1971 de A Bolha, grupo que se originou do The Bubbles.

O outro lançamento diz respeito ao desenvolvimento posterior do rock de garagem, a psicodelia. Com o título de Brazilian guitar, fuzz bananas já fica indicado o direcionamento do disco, permeado pelo sincretismo moderno do tropicalismo, abrangendo o período de 1967 a 1976. 

Podemos classificar esse disco como um lançamento de luxo, pois além de ser um Lp duplo, acompanha um óculos 3D e um livro com fotos e biografia em inglês e português de todas as bandas. Na mesma linha do bom trabalho de garipagem da Groovie, o lançamento contem material raro e também inédito. Além de conter a participação de The Pops, do desbocado Sergei e do delirante Fábio, o disco resgata nomes esquecidos e raros como Loyce e os Gnomos, Banda de 7 Léguas e Marc Rybell.

Outra novidade do selo é que as compras agora poderão ser feitas através de depósito bancário pelo Banco do Brasil. Para mais informações de como adquirir seus discos, escreva para  contact@groovierecords.com.
 
 

quarta-feira, 24 de março de 2010

Hooliganismo aplicado ao cinema

Quando se escuta a palavra "hooligan" o que vem a sua mente? Aposto que você pensou em futebol e violência. Mais a vida desse tipo social já gerou alguns filmes que mostram que seu cotidiano vai além desse binômio. 

A difusão massiva do termo hooligan nasceu na Inglaterra junto com a Copa Mundial de futebol de 1966, quando a mídia passou a se referir assim aos fãs de futebol "mais animados". Aqui na América Latina temos o termo correlato barra bravas, surgido na Argentina no começo dos anos 60, cunhado pela mídia e inicialmente chamado de barra fuerte. Outro termo usado para nomear os ardorosos fãs de fotebol é ultras. Esse surge na Itália dos anos 60, mas só começa a ganhar notoriedade na década de 80. O termo ultras por vez possui conotação mais política e é usado por torcidas que se identificam desde a extrema direita até a extrema esquerda.

Em alguns lugares da Europa os fanáticos por futebol vieram a criar subculturas dentro de subculturas, como o caso do skinhead que herdou o gosto por futebol de seu avô hooligan e os casuals dos anos 70 na Inglaterra, surgidos dentro do hooliganismo e amantes de roupas esportivas, como os casacos e tênis da Adidas.

O fato é que o tema foi apropriado pelo cinema e gerou várias películas, produzidas desde 1988 até 2009. The Firm, de 1988, foi feito para a TV e refilmado para o cinema em 2009, infelizmente não achei vídeo do original. Lixo Jovem fez uma listinha para compartilhar com seus leitores os filmes que retrataram o cotidiano do fã de futebol. Se você quer ir além da locadora procure o livro Entre os Vandalos, escrito por Bill Buford, criador do terno "hooliganism". O livro foi publicado no Brasil pela Companhia das letras.


I.D (1995)



The Football Factory (2004)



Green Street Hooligans (2005)



Rise of The footsoldier (2007)



Cass (2008)


Awaydays (2009)


The Firm (2009)

terça-feira, 23 de março de 2010

Aprenda a dançar

Lixo Jovem compila três forma de você se divertir no fim de semana, dançando. Nada de tango, bolero, salsa. A molecada também inventou sua própria maneira de "balançar o esqueleto". Exótico, divertido, terapêutico ou bizarro, depende do ponto de vista. O lance é que a música não para e você não pode ficar só olhando.



Vamos começar com algo leve. O bom reggae do final dos 60 e começo dos 70 levou muitos jovens negros e brancos a mexerem os pés. Nesse vídeo uma jovem lhe ensina o que fazer pra não ficar parado no baile.



Agora vamos para algo mais, vamos dizer..., BRUTO! Mas nem por isso menos dançante. O Sick of it All lhe mostra vários passos, o classic NY style e sua variação californiana, the gorilla, lawnmower, windmill, pickin' up change, pizzamaker (!), emo style e glorius pile-on fechando com um frenesi coletivo.



Nesse último vídeo Brian leva você de volta aos anos 80 e mostra como a juventude dançava o seu Black Flag e Minor Threat no final de semana. 

quinta-feira, 18 de março de 2010

RIP Alex Chilton


Alex Chilton, the mercurial if influential rock musician, whose work spanned an eclectic gamut from the soul songs of the Box Tops to the multiple incarnations of his pop band Big Star, has died, The Commercial Appeal of Memphis reported. He was 59. The cause of death is believed to have been a heart attack.
New York Times

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Relembrando The Reatards



Há uma década atrás.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

The almost forgotten, classic 1970s Detroit African-American proto-punk band

Estamos acompanhando o Death desde que se deu o seu redescobrimento por uma nova geração de ouvintes.

Nossa saga começou pela valorização do ep de 1974 que estava circulando na Web, o qual registramos em nossa coletânea 70's Raw Power em novembro de 2008. Depois veio o lançamento do álbum For The Whole World To See em 2009, contendo músicas nunca antes lançadas. O desfecho da retomada desse seminal grupo de jovens negros de Detroid se deu com a produção do documentário Death - Where Do We Go From Here? e de uma mini-turnê pelos EUA. Agora, em 2010, o grupo vai ser capa da MaximumRocknroll de março, a qual conterá uma entrevista com os sobreviventes.

Definitivamente, hoje o Death já está registrado nos anais do punk rock. Depois de um lapso de 35 anos o grupo tem o reconhecimento que merece.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Killed By Glam - 16 UK junk shop glam rarities from the 1970's

Séries como Killed By Death abriram um filão no punk que já existia a pelo menos uma década no garage rock, a saber, as coletâneas com gravações obscuras de grupos desconhecidos.

É nessa esteira de produção de documentos musicais que surge Killed By Glam - 16 UK junk shop glam rarities from the 1970's. O selo responsável por essa empreitada "glamourística" é o Moon Boot Records. A compilação se encontra em seu segundo volume, recentemente lançado,  que leva o subtítulo de Glamming across the Europe! Com bandas da França, Itália, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Suiça e Bélgica.

As relações do punk rock com o glam são no mínimo incestuosas. Os dois principais centros de ebulição do punk, Inglaterra e Estados Unidos, possuíram grupos glams que vieram a influenciar a geração seguinte de roqueiros. Nos EUA tivemos o New York Dolls, que foi referência para a maioria dos grupos que orbitaram em torno do CBGB's e na Inglaterra existiu o Hollywood Brats, que com o advento do punk inglês desembocou em 1976 no grupo The Boys, com dois remanescentes dos Brats Casino Steel e Mat Dangerfield.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Sniffin' Glue: And Other Rock 'n' Roll Habits

Mark Perry foi o inglês que em 1976 lançou ao mundo o seu precário, mas influente fanzine, Sniffin' Glue. Os números do zine começaram saindo em meras 50 cópias e já para o fim estava circulando em 15.000. Durou apenas 12 edições.

Recentemente, em junho de 2009, foi lançado pela Omnibus Press "Sniffin' Glue: And Other Rock 'n' Roll Habits" do nosso querido Mark Perry. O livro possui 208 páginas e faz uma retrospectiva da primeira geração punk. Para os colecionadores a edição traz um aperitivo especial, todas as doze edições de Sniffin' Glue! Como se diz por aqui, "se eu pudesse e o dinherio desse" já estava folheando esta preciosidade e me deliciando com o design primitivo e os textos do histórico fanzine.

Perry foi o responsável não só por inspirar toda uma geração a iniciar sua própria publicação de papel e xerox, numa época em que internet e blogs eram coisas de ficção científica, mas também atuou como uma espécie de etnólogo do punk de 1977, resenhando gigs e discos recém lançados. Perry foi para o punk inglês o que o antropólogo Malinowski foi para os nativos da Nova Guiné, o cara que registrou e tentou entender seus hábitos e expressões. Deixou assim anotado para a posterioridade os primeiros passos da turma de 77 e também popularizou os métodos do it yourself de publicação.
 
Sniffin' Glue ao lado da norte-americana Punk Magazine, foram os dois veículos mais importantes que canalizaram e registraram a primeira onda do punk anglo-saxão em suas páginas, sendo os pais de publicações independentes posteriores que ainda hoje circulam, como Maximum Rockandroll e Punk Planet.

Agenda - A Grande Zoação do Rock 'n' Roll




Djs
Jonnata Doll
Bassman' 60

05/02
21:00
R$ 8,00
Mocó Estudio


OBS: para esse show poder ser um dos melhores do ano, com um apanhado geral do punk made in Fortaleza, eu acrescentaria a participação do Dago Red. Fica ai a dica para o próximo.